Acordo de Acionistas (SHA): Guia Detalhado

Publicados: 2023-03-28

Se você possui ações de uma empresa, você tem interesse no sucesso da empresa. Mas o que acontece se os acionistas discordarem ou os principais investidores desejarem vender suas ações para seu concorrente? Você também pode enfrentar outros desafios. É aqui que um acordo de acionistas bem elaborado entra em jogo para proteger seus interesses.

Ele fornece segurança e ajuda a evitar erros dispendiosos, garantindo que todos estejam na mesma página e protegendo seus direitos e interesses.

Este guia irá aprofundar o âmago da questão de um acordo de acionistas e seu significado. Ele tratará das cláusulas essenciais que você deve incluir para garantir que o contrato de sua empresa atenda aos seus requisitos.

Ao final, você terá uma compreensão sólida do que é necessário para criar um acordo de acionistas forte e eficaz. Então vamos começar!

Mostra de conteúdo
1 O que é um Acordo de Acionistas?
2 Por que um Acordo de Acionistas é Necessário?
3 Disposições a serem incluídas no Acordo de Acionistas
3.1 Direitos e Obrigações dos Acionistas
3.1.1 Direitos de Voto
3.1.2 Direitos de informação
3.1.3 Direitos a Dividendos e Distribuições
3.1.4 Direitos de Preferência
3.1.5 Direitos de Aquisição
3.1.6 Restrições à Transferência de Ações
3.1.7 Obrigações dos Acionistas
3.2 Gestão e Tomada de Decisão
3.2.1 Conselho de Administração
3.2.2 Nomeação e Destituição de Conselheiros
3.2.2.1 Nomeação de Conselheiros
3.2.2.2 Remoção de Conselheiros
3.2.3 Direitos de Voto dos Conselheiros
3.2.4 Assembleias e Quórum
3.2.5 Processos de Tomada de Decisão
3.2.6 Disposições de Impasse
3.3 Transferência de Ações
3.3.1 Tipos de Transferências
3.3.2 Direito de Preferência
3.3.3 Direitos de Drag-Along e Tag-Along
3.3.4 Fornecimento de espingarda
3.3.5 Avaliação das Ações
3.4 Estratégias de saída
3.4.1 Disposições de compra e venda
3.4.2 Compras Obrigatórias
3.4.3 Ofertas Públicas Iniciais
3.4.4 Venda da Empresa
3.5 Resolução de Disputas
3.5.1 Cláusulas de Mediação e Arbitragem
3.5.2 Cláusulas de Seleção do Fórum
3.5.3 Lei Aplicável
3.6 Confidencialidade e cláusulas de não concorrência
3.6.1 Disposição de Confidencialidade
3.6.2 Disposição de Não Concorrência
3.6.3 Direitos de Propriedade Intelectual
3.7 Cláusulas de Rescisão e Alteração
3.7.1 Disposições de rescisão
3.7.2 Disposições de Alteração
4 Dicas e Sugestões SHA
5 Conclusão?

O que é um acordo de acionistas?

Um acordo de acionistas (SHA) é um contrato legalmente executável celebrado pelos acionistas de uma empresa que descreve os direitos, responsabilidades e obrigações de cada acionista.

Descreve os direitos e deveres do acionista e as regras para tomada de decisão, transferência de ações, administração e outros assuntos essenciais da empresa.

Um SHA é essencial para qualquer empresa com vários acionistas, pois pode auxiliar na prevenção de conflitos, esclarecer os processos decisórios e salvaguardar todos os interesses.

No entanto, você deve saber que o acordo de acionistas é diferente do contrato social e do estatuto social da sua empresa. Esses documentos estabelecem as bases para a estrutura fundamental da sua empresa. Mas, o acordo de acionistas se concentra em suas relações com os demais sócios e com a empresa.

Por exemplo, você e seus amigos fundaram uma empresa. Cada um de vocês possui uma parte do negócio. Você pode ter ideias diferentes sobre como executá-lo. Você pode querer se concentrar no desenvolvimento da empresa, enquanto outros desejam continuar com os produtos atuais. Desentendimentos e questões legais podem resultar dessas lacunas.

É onde um acordo de acionistas entra em jogo. É um método para evitar tais disputas, fornecendo critérios claros para a tomada de decisões e administração de sua empresa.

Por que é necessário um acordo de acionistas?

Um acordo de acionistas é essencial para evitar possíveis dificuldades quando você está formando uma empresa com vários acionistas. É necessário pelos seguintes motivos:

  • Evita disputas: Um acordo de acionistas ajuda a evitar que as disputas entre os acionistas aumentem ao definir diretrizes para a tomada de decisões e gestão da empresa.
  • Protege os interesses dos acionistas: O acordo pode proteger todos os interesses dos acionistas, especificando o que acontece se um dos acionistas desejar vender suas ações ou se a empresa for vendida a terceiros.
  • Esclarecendo os processos de tomada de decisão: O acordo pode estipular como decisões importantes seriam tomadas e quanto poder cada acionista tem sobre tais decisões.
  • Dá flexibilidade: O acordo pode ser ajustado às necessidades da empresa e dos acionistas, permitindo maior liberdade de decisão.
  • Evita dispendiosas disputas judiciais: ao descrever como os conflitos devem ser resolvidos, o acordo pode ajudar a evitar dispendiosas batalhas judiciais, que podem esgotar os recursos da empresa e arruinar o relacionamento com os acionistas.

Disposições a serem incluídas no Acordo de Acionistas

Ao redigir um acordo de acionistas, várias disposições devem ser incluídas. Aqui estão algumas condições importantes que você precisa ter em mente:

Direitos e Obrigações dos Acionistas

Os acionistas da empresa têm certas vantagens. Os acionistas podem votar em decisões essenciais, como quem passa a integrar o conselho de administração da empresa. Eles têm direito a receber dividendos, uma parcela dos lucros da empresa. Além disso, eles também têm o direito de se manter informados sobre as atividades da empresa.

Direito a voto

Direito a voto

O direito de voto é um direito fundamental dos acionistas que lhes permite participar das decisões da empresa e ter voz ativa em suas operações. Isso permitirá que eles votem em questões como a eleição do conselho de administração ou a aprovação de decisões importantes da empresa.

Na maioria dos casos, cada acionista tem direitos de voto iguais, comumente chamados de “uma ação, um voto”.

Mas, em algumas situações, os direitos de voto podem ser ponderados com base no número de ações que possuem. É o chamado “voto ponderado”.

Vamos considerar uma empresa com três acionistas – A, B e C. Se a empresa seguir o sistema de uma ação e um voto, cada acionista teria voz igual na tomada de decisões.

No entanto, em um sistema de votação ponderada, o poder de voto dos acionistas seria determinado por outros fatores. Por exemplo, os acionistas concordam em dar ao Acionista A um voto ponderado de dois votos por ação devido à sua contribuição significativa para o crescimento da empresa. Os acionistas B e C recebem um voto ponderado de um voto por ação. Aqui, o Acionista A influenciaria substancialmente as decisões da empresa. É porque seus votos teriam mais peso do que os outros acionistas.

Outro método de distribuição de direitos de voto é a implementação de um sistema hierárquico em que várias classes de ações possuem diferentes níveis de poder de voto.

Por exemplo, algumas ações podem receber dez votos por ação, enquanto outras recebem apenas um voto por ação. Essa prática é comumente observada em empresas com acionistas como fundadores, investidores ou funcionários.

Portanto, você deve saber como os direitos de voto são distribuídos em sua empresa, pois isso pode afetar decisões cruciais da empresa.

Direitos de Informação

Os acionistas têm o direito de receber informações específicas sobre a empresa, como demonstrações financeiras ou atas de reuniões do conselho. Os direitos de informação são necessários, pois permitem que eles se mantenham informados sobre as atividades da empresa e o desempenho financeiro.

Digamos que a empresa não tenha um bom desempenho financeiro em um determinado ano. Os acionistas podem consultar as demonstrações financeiras para avaliar o desempenho da empresa e decidir se mantêm ou vendem suas ações. Além disso, suponha que o conselho tome uma decisão importante que pode impactar o futuro da empresa. Nesse caso, os acionistas podem revisar as atas da reunião do conselho para compreender o raciocínio por trás da decisão. Então, eles podem determinar se foi a melhor jogada para a empresa e seus acionistas.

Direitos a Dividendos e Distribuições

Direitos a Dividendos e Distribuições

Você também tem o direito de receber dividendos e outras distribuições quando sua empresa obtém lucro.

Assim, como acionista, você deve saber a diferença entre ações preferenciais e ações preferenciais quando da distribuição de dividendos e outros benefícios.

Os acionistas de capital podem possuir certos privilégios, como o direito de votar e receber uma parte dos lucros da empresa por meio de dividendos. Eles também são conhecidos como acionistas “ordinários”, pois detêm a forma mais básica de propriedade da empresa. Quando os dividendos são distribuídos, os acionistas geralmente recebem suas ações após o pagamento dos acionistas preferenciais.

No entanto, os acionistas preferenciais são priorizados na distribuição de dividendos e outros benefícios. Eles desfrutam de benefícios como taxa fixa de dividendos e prioridade mesmo ao receber distribuições em caso de liquidação de sua empresa.

Por exemplo, a empresa tem acionistas preferenciais e acionistas. Os acionistas preferenciais têm direito a um dividendo fixo de $ 1 por ação, mas os acionistas não. Digamos que a empresa tenha um lucro de $ 10.000. Nessa situação, ela pagará primeiro $ 1.000 aos acionistas preferenciais a uma taxa fixa de dividendos de $ 1 por ação (considerando que existem 1.000 ações preferenciais em circulação). O lucro restante de $ 9.000 será distribuído aos acionistas de acordo com o número de ações que possuem. Por exemplo, se houver 10.000 ações em circulação e um acionista possuir 1.000, o pagamento do dividendo será de US$ 900 (ou seja, US$ 9.000 dividido por 10.000 ações multiplicado por 1.000 ações).

Direitos de Preferência

Direitos de Preferência

Os direitos de preferência dão aos acionistas existentes o primeiro direito de comprar quaisquer novas ações da empresa que a empresa queira vender antes de oferecê-las a qualquer outra pessoa.

Os direitos de preferência estão incluídos no acordo de acionistas para salvaguardar a propriedade dos atuais acionistas da empresa. Se tais direitos estiverem ausentes, os novos investidores podem comprar muitas ações da empresa, potencialmente controlando e limitando a voz dos atuais acionistas na administração.

Por exemplo, digamos que a empresa emita novas ações. Assim, por causa dos direitos de preferência, os acionistas existentes são oferecidos para comprar as novas ações primeiro. Eles obtêm a primeira preferência para comprar as novas ações, se assim o desejarem. Em seguida, as ações remanescentes são vendidas a terceiros.

Direitos de Aquisição

Direitos de Aquisição

Os direitos de aquisição significam que os funcionários ou acionistas da empresa devem trabalhar ou manter seu investimento por um determinado período antes de possuírem totalmente as ações da empresa. Isso ajuda a garantir que todos os que possuem uma participação no negócio estejam comprometidos com seu sucesso a longo prazo.

Por exemplo, alguns funcionários são contratados e recebem 1.000 ações da empresa. Mas, em vez de dar a eles todas as 1.000 ações antecipadamente, eles recebem o direito de “adquirir” essas ações durante um período de tempo, como quatro anos. Isso significa que o funcionário só possui integralmente as ações da empresa somente depois de trabalhar para a empresa por quatro anos. Isso garante que o funcionário esteja comprometido com a empresa a longo prazo. Caso saiam antes do término do período de quatro anos, terão direito apenas a manter uma parte das ações. As ações restantes serão devolvidas à empresa e distribuídas a outra pessoa.

Ele ajuda a proteger os interesses da empresa, garantindo que apenas aqueles comprometidos com o sucesso de longo prazo da empresa possuam uma participação nela. Também incentiva os funcionários a permanecerem na empresa e trabalharem duro para torná-la bem-sucedida.

Restrições à Transferência de Ações

Restrições à Transferência de Ações

Alguns acionistas da empresa podem às vezes tentar vender suas ações para outra pessoa. Mas, deve-se controlar quem é o dono da parte da empresa e garantir que o novo acionista suporte seus valores e objetivos de negócios.

É quando as restrições à transferência de ações entram em jogo. Essas cláusulas podem ser adicionadas aos acordos de acionistas para restringir a transferência de ações a pessoas ou empresas específicas ou podem precisar do consentimento dos outros acionistas antes que uma transferência possa ocorrer.

Digamos que uma empresa tenha quatro acionistas, A, B, C e D. Os acionistas têm um acordo de acionistas que restringe a transferência de ações sem o consentimento dos demais acionistas. Um potencial comprador aborda o acionista A e mostra interesse em adquirir suas ações. Mas, de acordo com a cláusula de restrição, A só pode transferir suas ações com o consentimento de B, C e D.

Assim, antes de prosseguir com a transação, A deve consultar seus outros acionistas e obter sua aprovação. Se eles concordarem, A pode vender suas ações para o potencial comprador. Se eles discordarem, A deve manter suas ações ou chegar a um acordo diferente com o possível comprador.

Obrigações do Acionista

Os acionistas da empresa devem agir no melhor interesse da empresa e evitar conflitos de interesse. Além de seus direitos e obrigações, os acionistas têm deveres fiduciários para com a empresa e entre si.

Esses deveres incluem:

  • Dever de Lealdade: Os acionistas devem agir no melhor interesse da empresa e não usar sua posição para se beneficiar às custas da empresa. Por exemplo, suponha que um acionista possa acessar informações confidenciais sobre os planos da empresa de adquirir um novo negócio. Nesse caso, eles não podem usar essas informações para comprar ações no novo negócio antes que a empresa possa fazê-lo.
  • Dever de Cuidado: Devem exercer o devido cuidado e diligência como acionistas ao tomar decisões relacionadas à empresa. Isso significa que eles devem considerar o impacto potencial de suas decisões sobre a empresa e seus outros acionistas, incluindo funcionários e clientes. Eles também devem se manter informados sobre as atividades da empresa e o desempenho financeiro.
  • Dever de boa fé: Os acionistas também devem agir com honestidade e boa fé em suas negociações com a empresa e outros acionistas. Eles não devem se envolver em atividades ilegais ou fraudulentas que possam prejudicar a empresa ou outros acionistas. Por exemplo, os acionistas não devem deturpar o valor de suas ações para enganar potenciais compradores.

Se eles falharem, uma ação legal pode ser movida contra eles.

Gestão e Tomada de Decisão

Um acordo de acionistas não apenas especifica os direitos e deveres dos acionistas, mas também define a estrutura de governança e tomada de decisão da empresa. Inclui a composição do conselho de administração, nomeação e destituição de conselheiros e processos decisórios.

Conselho Administrativo

Conselho Administrativo

Os diretores são essenciais para o sucesso de uma empresa, pois gerenciam suas operações. Quando agrupados, eles formam o 'board' da empresa.

Cada tipo de conselheiro no conselho tem uma função distinta a desempenhar e traz uma ampla gama de perspectivas para a empresa.

  • Diretores Executivos: Um diretor executivo da empresa supervisiona os negócios e lida com as tarefas diárias de gerenciamento. Por exemplo, o CEO da empresa é conhecido por seu conhecimento abrangente da empresa, incluindo sua estratégia e metas.
  • Diretores Não Executivos: Um diretor não executivo não está envolvido nas operações diárias da empresa. Eles geralmente são escolhidos por sua experiência no setor ou por seu histórico anterior de gerenciamento bem-sucedido de um negócio semelhante.
  • Diretores Representantes: Quando um acionista deseja ter seus interesses representados, pode nomear um diretor representante que atuará em seu nome. É uma prática comum para alguém com uma participação significativa na propriedade da empresa. Eles também investem no sucesso da empresa.

Nomeação e Destituição de Conselheiros

É fundamental decidir quem tem o poder de nomear e destituir os diretores da empresa para evitar conflitos futuros. Uma vez que os diretores determinam a maioria das decisões da empresa, entender quem pode fazer sua nomeação é essencial.

Assim, é fundamental incluir essas informações no acordo de acionistas, descrevendo as regras e limitações para nomear e destituir conselheiros.

Nomeação de Conselheiros

O acordo de acionistas estipula quem tem o poder de indicar diretores. A seguir estão os métodos padrão para nomear os diretores da empresa:

  • Indicado pelo Conselho: O acordo de acionistas deve indicar claramente quantos votos são necessários para que o conselho traga mais conselheiros durante uma reunião do conselho. Os votos necessários podem ser uma maioria simples, ou seja, 50% ou mais a favor.
    Suponha que a empresa tenha um acordo de acionistas que exija uma maioria de dois terços dos votos para decisões importantes da empresa, como a contratação de novos diretores. Durante reunião do conselho, o conselho sugere a contratação de dois novos diretores para ajudar nos planos de expansão da empresa. Os acionistas votam a proposta, recebendo 66% dos votos a favor da decisão. Como o limite exigido era de dois terços, a proposta foi aprovada e novos diretores foram contratados. No entanto, se o voto favorável fosse de apenas 60%, a proposta não atingiria o limite necessário e a empresa não conseguiria trazer os novos diretores.
  • Nomeado pelos fundadores do negócio: os fundadores da empresa também podem atuar como diretores para manter seu controle. O acordo de acionistas lhes dá o direito de nomear um diretor para garantir sua autoridade na empresa. Isso significa que, mesmo que sua participação acionária seja diluída ou eles vendam algumas ações, eles ainda terão uma palavra a dizer no conselho.
    Além disso, o fundador pode nomear um diretor se tiver uma certa porcentagem de ações, digamos 10%. No entanto, se a porcentagem de suas ações cair abaixo desse limite, eles devem renunciar ao cargo de conselheiros.
  • Nomeado pelos acionistas: Os acionistas têm o direito consolidado de nomear um diretor. É crucial para os acionistas com participação significativa na empresa, pois permite que eles influenciem suas decisões. O acordo de acionistas estabelece que os acionistas detentores de uma quantidade específica de ações, por exemplo, 20% ou mais, são elegíveis para nomear um diretor.
Remoção de Conselheiros

Um acordo de acionistas especifica quando e como os diretores podem ser destituídos de seus cargos. Pode ser da seguinte forma:

  • Renúncia voluntária: Se um diretor desejar renunciar, o acordo de acionistas deve estabelecer que ele pode fazê-lo mediante notificação por escrito à empresa.
  • Decisão do Conselho: O acordo de acionistas deve especificar se o conselho pode destituir diretores por maioria de votos ou se é necessária uma aprovação superior. Normalmente se aplica a diretores nomeados pelo conselho.
  • Nomeação da Decisão do Acionista: Se um acionista específico nomeou um diretor representante, o acordo de acionistas deve estabelecer que somente aquele acionista em particular pode destituir o diretor. É conhecido como um direito arraigado de nomear um diretor.
  • Os acionistas removem o diretor à força: é essencial ter um plano para quando os acionistas precisarem remover um diretor à força. O acordo de acionistas deve definir claramente as circunstâncias em que isso pode ocorrer.

Direitos de Voto dos Conselheiros

O conselho de administração da empresa é responsável por tomar decisões comerciais importantes. Como acionista, você deve garantir que o conselho opere de forma eficaz e que as decisões sejam tomadas no melhor interesse da empresa.

O acordo de acionistas inclui disposições que descrevem os direitos de voto dos diretores e como o conselho toma decisões.

Por exemplo, o acordo pode exigir a maioria dos votos do conselho para tomar certas decisões, como aprovar um orçamento ou contratar um novo executivo. Ele garante que as decisões sejam tomadas com o apoio da maioria do conselho e não de um único diretor.

Além disso, o acordo de acionistas dá a certos diretores o poder de veto sobre certas decisões.

Por exemplo, o acordo pode exigir aprovação unânime do conselho antes de fazer um investimento significativo ou adquirir outra empresa. Ele dá voz a cada diretor na tomada de decisões e garante que decisões importantes sejam cuidadosamente consideradas.

Reuniões e Quórum

As reuniões do conselho são essenciais para as operações da empresa. Os diretores se reúnem para discutir e decidir o futuro da empresa. O acordo de acionistas descreve os requisitos para essas reuniões. Ele especifica a frequência das reuniões do conselho, que pode ser mensal, trimestral ou semestral, entre outras opções.

O acordo de acionistas também especifica o aviso exigido para as reuniões do conselho. O período de notificação é o prazo dentro do qual os diretores devem ser informados sobre a próxima reunião. Ele declara com que antecedência o aviso deve ser dado, como 14 dias, 30 dias ou qualquer outra duração considerada apropriada pelas partes envolvidas.

O acordo também define o quórum necessário para as reuniões do conselho. Um quórum refere-se ao número mínimo de conselheiros presentes em uma reunião para ser válida. O quórum é normalmente calculado como uma porcentagem do número total de conselheiros no conselho. Por exemplo, um quórum de 50% exigiria a presença de pelo menos metade dos conselheiros na reunião.

Por exemplo, o acordo de acionistas exige que as reuniões do conselho sejam realizadas pelo menos uma vez a cada trimestre, com aviso prévio de pelo menos duas semanas a todos os diretores. O quórum necessário para a reunião é fixado pela maioria do número total de conselheiros.

Se houver cinco diretores no total, o quórum para uma reunião do conselho será de três diretores. Isso significa que pelo menos três diretores devem estar presentes na reunião para ser válido e para que quaisquer decisões sejam vinculativas. Ainda assim, eles também devem atender a outras exigências do acordo de acionistas.

No entanto, se apenas dois ou menos diretores estivessem presentes, a reunião não seria válida e as decisões não poderiam ser tomadas.

Processos de Tomada de Decisão

Quando a empresa tem um conselho de administração, é essencial estabelecer processos decisórios claros. O acordo de acionistas estipula os diferentes tipos de deliberações que o conselho pode aprovar, como deliberações ordinárias, especiais e unânimes.

Uma resolução ordinária é uma decisão que requer uma maioria simples de votos dos diretores presentes em uma reunião do conselho. Este formulário de resolução é usado para assuntos de rotina, como aprovar atas de reuniões prévias.

Uma resolução especial é uma decisão que exige maior apoio dos diretores. Requer pelo menos dois terços deles para votar a favor durante uma reunião do conselho. Resoluções especiais são reservadas para questões importantes, como emendar os artigos de incorporação da empresa ou aprovar despesas de capital substanciais.

Uma resolução unânime é uma decisão que requer o apoio de todos os diretores presentes em uma reunião do conselho. Esse tipo de resolução é utilizado para decisões críticas, como autorizar uma fusão ou aquisição.

Suponha que o conselho de administração de uma empresa esteja considerando uma decisão comercial significativa, como a aquisição de outra empresa. O acordo de acionistas pode especificar que tal decisão pode exigir uma deliberação especial que exija mais votos do que uma deliberação regular. O acordo de acionistas também pode estabelecer que a resolução especial requer o consentimento de uma proporção específica do conselho, como dois terços dos diretores.

Por exemplo, em um conselho de administração de nove empresas, pelo menos seis conselheiros devem votar a favor da aquisição para que a deliberação especial seja aprovada. No entanto, uma resolução regular, como a validação do orçamento anual, pode precisar apenas de uma maioria simples do conselho. Isso significa que requer apenas mais da metade dos diretores devem votar para aprovar a resolução.

Disposições de Impasse

As cláusulas de impasse garantem que o negócio continue a funcionar com sucesso, mesmo quando os acionistas não conseguem chegar a um acordo sobre uma questão e estão parados. A empresa pode ficar paralisada quando as discussões ou negociações não conseguem resolver as divergências dos acionistas. A empresa não pode tomar quaisquer decisões ou tomar quaisquer medidas necessárias.

Assim, as disposições do impasse podem ser incluídas no acordo de acionistas para tratar dessa questão. Ele descreve um processo para resolver disputas quando os acionistas não chegam a um acordo. Pode envolver a nomeação de um mediador terceirizado para ajudar as partes a chegar a uma resolução mutuamente aceitável.

Ao ter um processo claro e acordado para resolver disputas, os acionistas podem evitar batalhas legais caras e minimizar interrupções nas operações da empresa.

Suponha que uma empresa tenha dois acionistas, cada um com 50% das ações. Eles discordam sobre uma decisão importante, como a venda da empresa. Ambos os acionistas têm opiniões diferentes e não chegam a um acordo, resultando em um impasse.

O acordo de acionistas que eles assinaram especificava que um mediador terceirizado seria contratado para ajudar a facilitar uma resolução para resolver o impasse. Assim, o mediador pode trabalhar com ambos os acionistas para identificar possíveis soluções e ajudá-los a negociar um resultado mutuamente aceitável.

Mas, se o mediador não puder facilitar uma resolução. Nesse caso, o acordo de acionistas deve prever outros mecanismos de resolução de disputas, como arbitragem vinculante ou litígio, para ajudar a resolver o problema e evitar que a empresa fique paralisada pelo impasse.

Transferência de Ações

O acordo de acionistas inclui a transferência de ações, que se refere ao processo de compra e venda de ações da empresa. Ele também descreve os tipos de transferências, direito de preferência, direitos de compra e venda, disposições de espingarda e avaliação de ações.

Tipos de Transferências

Quando se trata de transferir ações, várias opções podem ocorrer. Eles são os seguintes:

  • Venda a Terceiros: A venda a terceiros ocorre quando um acionista vende ações para alguém de fora da empresa. Isso pode acontecer por diversos motivos, como o acionista precisar captar recursos ou querer sacar seu investimento.
  • Presentes para membros da família: Um presente para um membro da família é quando um acionista dá algumas ou todas as suas ações a um membro da família como um presente. Pode ser feito para fins de planejamento patrimonial ou para passar a propriedade das ações a um membro da família interessado no negócio.
  • Transferências para Fundos ou Propriedades: Nas transferências para fundos ou propriedades, um acionista pode transferir suas ações para uma confiança ou propriedade para fins fiscais ou de planejamento patrimonial. Ele pode ajudar a garantir que as ações sejam administradas e distribuídas de acordo com os desejos do acionista.
  • Herança: A herança é o tipo de transferência que ocorre quando um acionista falece, e suas ações são passadas para seus herdeiros ou beneficiários. Nesse caso, as ações são transferidas aos beneficiários por meio de inventário ou de acordo com o plano patrimonial do acionista.

Direito de preferência

Direito de preferência

A cláusula de direito de preferência no acordo de acionistas garante que os atuais acionistas tenham prioridade na compra de quaisquer ações que um acionista deseje vender antes de vendê-las a um estranho. Ele garante que a propriedade da empresa permaneça dentro do grupo de acionistas existente, e um terceiro não pode se tornar um acionista sem o consentimento dos acionistas existentes.

Assim, a cláusula é evocada quando um acionista decide vender suas ações. Eles devem primeiro oferecê-los a outros acionistas a um preço acordado mutuamente ou determinado por uma avaliação independente de terceiros. Se os atuais acionistas optarem por não comprar as ações, o acionista vendedor poderá vendê-las a terceiros.

Por exemplo, A e B possuem 50% das ações de uma empresa e possuem um acordo de acionistas. Inclui a provisão do direito de preferência.

A decide vender suas ações por $ 100.000 a um terceiro, mas antes de fazê-lo, ela deve oferecê-las a B pelo mesmo preço de acordo com o contrato. Se B recusar, A pode vendê-los a terceiros.

No entanto, se B optar por exercer seu direito de preferência, ela poderá comprar as ações de A pelo mesmo preço. A transação envolveria A transferindo suas ações para B e B pagando $ 100.000 para possuir 100% das ações da empresa.

A cláusula de preferência no acordo de acionistas pode beneficiar os acionistas existentes de várias maneiras. Por exemplo,

  • Ele garante que as ações permaneçam dentro do grupo de acionistas existentes, o que pode ajudar a manter o equilíbrio de poder dentro da empresa.
  • Isso pode impedir que terceiros indesejados adquiram ações e interrompam as operações da empresa.
  • Ajuda a manter a cultura e os valores da empresa, garantindo que os novos acionistas se alinhem com a visão dos acionistas existentes.

Direitos de Arraste e Tag-Along

Direitos de Arraste

Os direitos de venda conjunta e de venda conjunta são disposições essenciais que protegem os interesses dos acionistas majoritários e minoritários da empresa.

Os direitos de venda conjunta no acordo de acionistas garantem que o acionista majoritário possa vender suas ações a terceiros sem ser impedido pelo acionista minoritário, que pode não querer vender suas ações. Essencialmente, o acionista majoritário tem o direito de “arrastar” o acionista minoritário na venda da empresa, obrigando-o a vender suas ações. Pode beneficiar ambas as partes, pois pode ajudar a facilitar uma venda e fornecer liquidez aos acionistas.

direitos de tag-along

Por outro lado, os direitos de tag-along protegem os acionistas minoritários, permitindo-lhes participar de uma venda se o acionista majoritário decidir vender suas ações a terceiros. Isso implica que, se um acionista majoritário está vendendo suas ações, o acionista minoritário tem o direito de “tag along” e vendê-las pelo mesmo preço e nas mesmas condições que o acionista majoritário. Pode beneficiar os acionistas minoritários, garantindo que eles recebam o valor justo e não sejam excluídos do processo de venda.

Digamos que a empresa A tenha três acionistas X, Y e Z. X possui 60% da empresa, enquanto Y e Z possuem 20% cada.

X recebe uma oferta para vender suas ações para a Empresa B. No entanto, a Empresa B deseja 100% de propriedade da Empresa A para prosseguir com a transação. X poderia usar seus direitos de venda conjunta para forçar Y e Z a vender suas ações para que a Empresa B pudesse adquirir 100% da propriedade da Empresa A. No entanto, se X não tivesse direitos de venda conjunta, Y e o Acionista Z poderiam bloquear a venda recusando-se a vender suas ações.

Por outro lado, se Y e Z tiverem direitos de tag along e X decidir vender suas ações para a empresa B, os acionistas Y e Z poderão exercer seus direitos de tag along. Eles podem então vender suas ações ao lado de X, garantindo que recebam o mesmo preço de venda por ação.

Com direitos de tag-along, Y e Z podem vender suas ações a um preço mais baixo se encontrarem um comprador disposto a pagar o mesmo preço que a empresa B.

Provisão de espingarda

Provisão de espingarda

A ideia básica por trás de uma cláusula shotgun é que um acionista se oferece para comprar as ações do outro a um preço específico. É um tipo de mecanismo de resolução de disputas incluído no acordo de acionistas para ajudar a resolver as disputas dos acionistas. O outro acionista tem então a opção de aceitar a oferta ou comprar as ações do primeiro acionista pelo mesmo preço. Este mecanismo pretende tratar ambas as partes de forma justa. Isso os encoraja a chegar a uma resolução mutuamente aceitável, pois nenhuma das partes pode ser forçada a comprar ou vender ações a um preço com o qual não concorda.

No entanto, é essencial observar que as provisões de espingarda são complexas e podem ser apropriadas apenas algumas vezes para algumas situações. Thus, shareholders must consider all their options carefully before including a shotgun provision in their agreement.

For example, two shareholders, A and B, each own 50% of a company. They disagree about the company's direction and cannot agree. Suppose their shareholders' agreement includes a shotgun provision. In that case, A could offer to buy B's shares at a specific price. B would then have the option to accept the offer and sell his shares to A or buy A's shares at the same price. If B believes the company is undervalued and his shares are worth more than the offered price, he may buy A's shares instead of selling his own. On the other hand, if B agrees with the provided price or believes that the company is overvalued, he may choose to sell his shares to A. This process can help both parties come to a resolution in a relatively quick and fair manner.

Valuation of Shares

Valuation of Shares

When a shareholder wants to transfer their shares, it's crucial to determine the fair market value of the shares to ensure that the transfer is equitable for all parties involved. Thus, the shareholders' agreement clarifies how the valuation process is conducted. One option is to appoint an independent valuator to determine the fair market value of the shares. The agreement also specifies the qualifications and selection process for the independent valuator.

Additionally, the agreement outlines the method for determining the value of the shares. For this, several ways are used, such as the company's book value, the price-earnings ratio of the company's stock, or the discounted cash flow method. Hence, the agreement specifies the technique used and the value's calculation.

A clear process for determining the value of shares can help avoid disputes and ensure that transfers are conducted fairly and smoothly. So, all parties must understand and agree to the valuation process outlined in the shareholders' agreement to provide clarity and understanding.

Let's say that a company has two shareholders, A & B . They have a shareholders' agreement that includes a provision for valuing shares in the event of a transfer. The agreement states that an independent valuator will be appointed. He will determine the share's fair market value based on factors like the company's financial performance, industry trends, and comparable transactions.

Suppose A wants to sell his shares to a third party. In that case, he must first offer them to B at the fair market value determined by the independent valuator. If B declines to purchase the shares, A can sell them to a third party at that same fair market value.

This provision helps ensure that both shareholders are treated fairly during a share transfer and prevents one party from receiving an unfair advantage in the transaction.

Exit Strategies

When shareholders invest in a company, they must also consider how to exit their investment when required. The shareholders' agreement outlines various exit strategies available to the shareholders. It includes buy-sell provisions, mandatory buyouts, initial public offerings, and the sale of the company.

Buy-Sell Provisions

Buy-Sell Provisions

In some situations, buy-sell provisions are essential to a shareholders' agreement that governs share transfer. These provisions allow shareholders to purchase shares from other shareholders under specific conditions, such as the death or incapacity of a shareholder or the termination of employment.

Two types of buy-sell provisions can be included in the shareholders' agreement: a cross-purchase agreement or a redemption agreement.

In a cross-purchase agreement, the remaining shareholders purchase the departing shareholder's shares in proportion to their ownership interests.

Let's say that a company has three shareholders, A, B, and C, each owning 33.33% of the company's shares. The shareholders have a cross-purchase agreement in place, which states that in the event of the death or incapacity of one of the shareholders, the remaining shareholders can purchase that shareholder's shares. So, if A were to pass away, B and C would each have the option to acquire 16.67% of A's shares.

On the other hand, in a redemption agreement, the company purchases the departing shareholder's shares. This type of agreement is used when there are only a few shareholders, or the company has the financial resources to buy back the shares. In this case, the company would pay the departing shareholder the agreed-upon value of their shares.

Let's assume the scenario above, but the shareholders have a redemption agreement now. If A were to pass away, the company would purchase 33.33% of the shares at a predetermined price. The remaining shareholders, B and C, would split A's portion of the company's equity.

Thus, the buy-sell provisions help ensure that shares are transferred reasonably and orderly during certain triggering events. They provide clarity and certainty for the remaining shareholders and the company.

Mandatory Buyouts

Mandatory Buyouts

Mandatory buyouts are provisions in the shareholders' agreement that require a shareholder to sell their shares in certain circumstances, as specified in the agreement. It may include a change of control of the company, a breach of the contract by the shareholder, or if the shareholder becomes insolvent. In such cases, the remaining shareholders or the company may have the right or obligation to purchase the shares at a predetermined price or based on a specified valuation method.

This provision address situation where a shareholder's continued ownership of the shares may harm the company or the other shareholders.

For instance, there is a change of control of the company. A new owner takes over and has different goals and strategies. A mandatory buyout provision can help ensure the departing shareholder is fairly compensated for their shares while protecting the remaining shareholders and the company's interests.

Similarly, suppose a shareholder violates the agreement by breaching the duty of loyalty or care. In this case, a mandatory buyout provision can allow the other shareholders to remove the offending shareholder and protect the company's interests. It is vital when the shareholder's actions may harm the company's reputation or financial stability.

Finally, if a shareholder becomes insolvent, a mandatory buyout provision can help ensure the company's shares are not tied up in bankruptcy proceedings. It can be sold to new investors who can help the company grow and succeed.

Thus, to give you an idea, suppose a company has three shareholders, A, B, and C. Their shareholders' agreement includes a mandatory buyout provision. It states that if a shareholder becomes insolvent, the other shareholders can purchase their shares at fair market value within 60 days. So, if A becomes insolvent, B and C can exercise their right to buy A's shares. A's shares can be sold to a third party if they do not exercise this right within the 60-day window. This provision helps protect the company from the financial risks associated with a shareholder's insolvency.

Ofertas públicas iniciais

Ofertas públicas iniciais

Uma oferta pública inicial (IPO) é o procedimento pelo qual uma empresa privada primeiro vende suas ações ao público em geral. A empresa e seus acionistas existentes, incluindo os fundadores e os primeiros investidores, podem vender parte de suas ações ao público durante um IPO.

Assim, quando uma empresa decide abrir o capital e fazer uma oferta pública inicial (IPO), o acordo de acionistas inclui disposições que descrevem o processo de venda de ações no IPO. Essas disposições podem abordar várias questões, como quem entre os acionistas venderá suas participações no IPO, quantas ações cada acionista venderá e o preço e alocação das ações, etc.

As disposições estipulam como os lucros da venda de ações serão divididos entre os acionistas. Ele especifica que todos os acionistas vendem uma certa porcentagem de suas participações no IPO. Em seguida, os recursos serão distribuídos proporcionalmente com base na porcentagem de propriedade de cada parte interessada. O acordo também estabelece diferentes porcentagens de distribuição, dependendo da antiguidade ou valor do investimento.

Além disso, a disposição também aborda outras questões relacionadas ao IPO, como períodos de bloqueio para os acionistas, que restringem a capacidade de vender ações por um determinado período após o IPO. Também menciona a nomeação de um subscritor ou gerente líder para facilitar a venda de ações no IPO.

Venda da Empresa

Venda da Empresa

O acordo de acionistas descreve o processo de venda da empresa, incluindo a determinação do preço de venda, as condições sob as quais a empresa pode ser vendida e como os recursos serão distribuídos, como com base na porcentagem de propriedade de cada acionista.

Por exemplo, o acordo pode especificar que uma venda da empresa só pode ocorrer se uma certa porcentagem dos acionistas concordar com isso ou se um determinado limite de preço for atingido.

O acordo também prevê a nomeação de um consultor financeiro ou banco de investimento para auxiliar no processo de venda. Ele garante que os interesses dos acionistas sejam protegidos. Além disso, também estipula as funções e responsabilidades das partes envolvidas na venda.

Digamos que o acordo de acionistas especifique que a empresa só pode ser vendida se todos os acionistas concordarem com a venda. Suponha que um potencial comprador faça uma oferta para comprar a empresa. Nesse caso, os acionistas devem considerar a proposta e decidir se a aceitam. Se todos os acionistas concordarem com a venda, o próximo passo seria determinar o preço de venda e como o produto será distribuído aos acionistas. Pode envolver a nomeação de um avaliador independente para avaliar o valor justo de mercado da empresa e, em seguida, distribuir os lucros com base na porcentagem de propriedade de cada acionista. O acordo também pode especificar se algum acionista tem o direito de preferência para comprar as ações de outros acionistas antes que elas possam ser vendidas a terceiros.

Resolução de Disputas

Resolução de Disputas

Disputas entre acionistas podem surgir por vários motivos, como divergências sobre decisões administrativas, violação do acordo de acionistas ou estratégias de negócios conflitantes. Se não forem resolvidas prontamente, essas disputas podem levar a perdas financeiras significativas e prejudicar a reputação da empresa.

Um acordo de acionistas bem elaborado inclui disposições para resolução de disputas, como cláusulas de mediação e arbitragem, cláusulas de seleção de foro e lei aplicável. Ele ajuda a evitar que as disputas aumentem e fornece um processo de resolução preciso e eficiente.

Cláusulas de Mediação e Arbitragem

O acordo de acionistas inclui cláusulas de Mediação e Arbitragem que são mecanismos alternativos de solução de controvérsias. Essas cláusulas exigem que as partes resolvam as disputas por meio de mediação ou arbitragem, em vez de um processo judicial tradicional.

A mediação é um processo não vinculativo em que um terceiro neutro, o mediador, ajuda as partes a chegar a uma resolução mutuamente aceitável sem ir a tribunal.

No entanto, a arbitragem é um processo vinculativo em que um terceiro neutro, o árbitro, ouve evidências e argumentos de ambas as partes e toma uma decisão normalmente final e vinculativa. Normalmente, a arbitragem ocorre em local mutuamente acordado pelas partes, conforme mencionado na cláusula compromissória do acordo de acionistas, por exemplo, por meio da American Arbitration Association em Boston.

Incluir cláusulas de mediação e arbitragem em um acordo de acionistas pode trazer vários benefícios:

  • Mais rápido e econômico: é uma maneira mais rápida e econômica de resolver disputas do que ir ao tribunal, que pode ser demorado e caro.
  • Privacidade e Confidencialidade: Oferece mais privacidade e confidencialidade, pois os processos são normalmente confidenciais e não abertos ao público.
  • Abordagem personalizada para resolver disputas: fornece uma abordagem mais personalizada para resolver disputas, pois as partes podem selecionar um mediador ou árbitro com experiência no assunto da disputa.

Vamos supor que uma empresa tenha três acionistas, A, B e C. Suponha que surja qualquer disputa entre A, B e C em relação à interpretação do acordo de acionistas ou qualquer outro assunto relacionado à empresa. Nesse caso, as partes podem concordar em resolver a disputa por meio da mediação. Um mediador escolhido pelas partes conduzirá a mediação. No entanto, se as partes não puderem resolver o conflito por meio da mediação, poderão recorrer à arbitragem conforme prevê a cláusula.

Cláusulas de Seleção do Fórum

As cláusulas de escolha do foro no acordo de acionistas especificam a jurisdição e o tribunal onde as disputas serão julgadas.

A incorporação dessas cláusulas no acordo de acionistas é benéfica por vários motivos.

Primeiro, eles podem fornecer certeza e previsibilidade para as partes envolvidas no acordo. Ao especificar a jurisdição e o tribunal onde as disputas serão ouvidas, as partes podem evitar conflitos sobre qual tribunal tem jurisdição ou onde o caso deve ser ouvido.

Além disso, as cláusulas de seleção de foro proporcionam eficiência e economia de custos. Se as partes concordarem com antecedência sobre onde as disputas serão ouvidas, elas podem evitar o tempo e as despesas de litigar essa questão no tribunal. Também pode reduzir os custos de litígio em geral, pois as partes podem evitar a despesa de litigar em várias jurisdições.

No entanto, é importante observar que as cláusulas de seleção de foro nem sempre são aplicáveis. Os tribunais podem se recusar a aplicar essas disposições se forem consideradas injustas ou irracionais ou se aplicá-las violaria a ordem pública.

Como tal, é essencial assegurar que qualquer cláusula de eleição de foro seja redigida com cuidado e com a orientação de um advogado.

Aqui está um exemplo de uma cláusula de seleção de fórum para uma empresa fictícia chamada “TechCo”.

“Qualquer disputa decorrente ou relacionada a este acordo de acionistas, incluindo, entre outros, disputas relacionadas à interpretação, desempenho ou violação deste acordo, será resolvida exclusivamente nos tribunais do estado de Nova York. As partes agora se submetem à jurisdição dos tribunais do Estado de Nova York. Eles concordam que o foro para qualquer processo será exclusivamente dos tribunais localizados no Estado de Nova York.”

Nesse caso, a cláusula estabelece que eventuais conflitos decorrentes do acordo de acionistas serão julgados exclusivamente na Justiça do Estado de Nova York. Dá às partes envolvidas clareza e segurança. Pode ajudar na prevenção de divergências sobre onde possíveis procedimentos legais devem ocorrer.

Lei Aplicável

A disposição da lei aplicável no acordo de acionistas descreve a lei usada para interpretar e fazer cumprir o acordo. Esta disposição é essencial porque fornece clareza e consistência em disputas ou questões legais entre os acionistas.

Por exemplo, suponha que os acionistas de uma empresa sejam de países diferentes. Nesse caso, é necessário escolher uma lei regente que seja neutra e amplamente aceita. A disposição da lei aplicável inclui uma disposição de escolha da lei. Ele especifica que a lei aplicável será a lei de uma jurisdição específica, independentemente de onde os acionistas ou a empresa estejam localizados.

Ter uma disposição legal clara e acordada no acordo de acionistas ajuda a evitar disputas legais e fornece uma estrutura para a resolução de conflitos. Esta disposição também oferece segurança e previsibilidade para os acionistas, o que pode ser crucial para manter uma relação de trabalho positiva e produtiva.

Cláusulas de Confidencialidade e Não Competição

O acordo de acionistas também pode incluir confidencialidade, acordos de não concorrência e direitos de propriedade intelectual. Essas disposições podem ajudar a proteger os segredos comerciais e a propriedade intelectual da empresa e impedir que os acionistas concorram com a empresa.

Provisão de Confidencialidade

Provisão de Confidencialidade

As cláusulas de confidencialidade em um acordo de acionistas descrevem os tipos específicos de informações da empresa que devem ser mantidas em sigilo pelos acionistas e as consequências do descumprimento do contrato.

É essencial para um acordo de acionistas porque protege as informações confidenciais da empresa. Os acionistas podem acessar informações confidenciais, como dados financeiros, planos de negócios, listas de clientes e outras informações proprietárias que estranhos não devem divulgar. Assim, os acionistas assinam esses acordos antes de se tornarem partes do acordo de acionistas.

Além disso, os acordos de confidencialidade são adaptados às necessidades específicas da empresa.

Por exemplo, limitar o uso das informações para uma finalidade específica, restringir as partes a quem os dados podem ser divulgados ou exigir a devolução ou destruição de informações confidenciais após o término do contrato.

Os acordos de confidencialidade garantem aos acionistas que suas informações confidenciais não serão divulgadas a concorrentes ou outras partes não autorizadas. Dessa forma, a empresa protege seus segredos comerciais e mantém uma vantagem competitiva.

Digamos que quatro acionistas, A, B, C e D, possuam uma empresa. Eles têm um acordo de acionistas em vigor que inclui uma cláusula de confidencialidade. A disposição exige que cada acionista mantenha informações não públicas confidenciais sobre a empresa, como segredos comerciais, listas de clientes e informações financeiras.

O acordo também especifica quanto tempo dura a obrigação de confidencialidade, como durante a propriedade do acionista da empresa e por um determinado período após a venda de suas ações. Ele descreve as consequências da violação da cláusula de confidencialidade, como danos monetários ou liminares para impedir novas divulgações.

Disposição de Não Concorrência

Disposição de Não Concorrência

Cláusulas de não concorrência no acordo de acionistas impedem os acionistas de abrir ou trabalhar para uma empresa que concorra diretamente com a empresa na qual detêm ações. Essas disposições geralmente estão em vigor por um tempo especificado após o acionista vender suas ações ou deixar a empresa.

Os acordos de não concorrência impedem os acionistas de usar o conhecimento e a experiência que adquiriram enquanto trabalhavam para a empresa para iniciar ou trabalhar para uma empresa concorrente. É essencial para setores com concorrência acirrada, onde a perda de segredos comerciais ou propriedade intelectual pode devastar a empresa.

Também protege o valor das ações da empresa ao impedir que os acionistas iniciem um negócio concorrente que possa diminuir o valor das ações da empresa. É imperativo quando o acionista detém uma parcela significativa das ações da empresa, e sua saída pode impactar significativamente seu desempenho financeiro.

Assim, ter acordos de não concorrência pode dar tranquilidade à empresa e aos seus acionistas, sabendo que o valor das ações da empresa e a propriedade intelectual estão protegidos. No entanto, é fundamental garantir que essas disposições sejam redigidas com cuidado e manter aberta a capacidade do acionista para trabalhar em sua área de especialização após o desligamento da empresa.

Aqui está um exemplo de um acordo de não concorrência em um acordo de acionistas:

“Os acionistas concordam que, por dois anos após a venda de suas ações, não se envolverão em nenhuma atividade comercial que concorra com os produtos ou serviços da empresa em um raio de 50 milhas da sede da empresa. Os acionistas reconhecem que tais restrições são necessárias para salvaguardar os segredos comerciais e informações confidenciais da empresa e para garantir que ela possa manter sua vantagem competitiva no mercado.”

Nesse caso, os acionistas concordam em limitar suas oportunidades futuras em troca das vantagens de ser um acionista de uma startup. A cláusula de não concorrência protege a propriedade intelectual, os segredos comerciais e o mercado da startup, proibindo antigos acionistas de usar o conhecimento da empresa para beneficiar uma empresa rival.

Direito de propriedade intelectual

Os direitos de propriedade intelectual são essenciais para o valor de uma empresa. O acordo de acionistas esclarece como a empresa possui e protege esses direitos. O acordo descreve qual parte possui quaisquer patentes, marcas registradas, direitos autorais ou outra propriedade intelectual criada pela empresa ou seus acionistas. Também inclui disposições para registrar e manter esses direitos.

Além disso, aborda como a empresa lida com disputas de propriedade intelectual, como reivindicações de violação ou contestações à validade de suas patentes ou marcas registradas. Ele estipula o processo para resolver essas disputas e designa pessoas ou entidades específicas responsáveis ​​por gerenciá-las.

Assim, disposições explícitas sobre direitos de propriedade intelectual no acordo de acionistas evitam disputas e protegem os ativos valiosos da empresa. Também pode fornecer uma estrutura para abordar possíveis problemas que possam surgir no futuro.

Digamos que uma empresa de desenvolvimento de software tenha três acionistas A, B e C. Em seu acordo de acionistas, eles incluem uma cláusula sobre direitos de propriedade intelectual. A disposição estabelece que qualquer propriedade intelectual criada por qualquer acionista durante seu trabalho para a empresa será de propriedade da empresa, não de acionistas individuais. Os acionistas assinarão quaisquer acordos ou cessões necessárias para transferir a propriedade para a empresa.

Além disso, o acordo especifica que a empresa tomará as medidas apropriadas para proteger sua propriedade intelectual, incluindo registro de patentes, marcas registradas e direitos autorais, quando aplicável. Ele também afirma que os acionistas não usarão a propriedade intelectual da empresa para ganho pessoal. Eles não divulgarão informações confidenciais sobre a propriedade intelectual da empresa a terceiros e restringirão o acesso não autorizado.

Cláusulas de Rescisão e Alteração

O acordo de acionistas inclui cláusulas de rescisão e alteração. Essas disposições esclarecem como o contrato será rescindido e como poderá ser alterado quando necessário.

Disposições de rescisão

As cláusulas rescisórias são essenciais para o acordo de acionistas porque estabelecem as condições sob as quais o acordo pode ser rescindido. Essas disposições incluem vários cenários, como a venda da empresa, dissolução ou decisão unânime de todos os acionistas de rescindir o contrato.

Por exemplo, durante a venda da empresa, o acordo de acionistas pode terminar ou ser transferido para o novo proprietário. O acordo pode especificar que o novo proprietário deve assumir todos os direitos e obrigações dos atuais acionistas sob o contrato. Quaisquer obrigações ou direitos remanescentes sob o acordo passarão para o novo proprietário da empresa.

Alternativamente, pode também prever a rescisão automática do contrato no momento da venda da empresa, passando as obrigações ou direitos remanescentes para o novo proprietário.

Quando a empresa for dissolvida, o acordo especifica como os ativos e passivos remanescentes serão distribuídos entre os acionistas. O acordo também pode exigir a nomeação de um liquidante ou outro terceiro para supervisionar a liquidação da empresa.

Além disso, o acordo também pode incluir disposições para rescindi-lo por consentimento mútuo do acionista. Pode envolver uma votação formal ou outro mecanismo para obter consentimento unânime para encerrá-lo. O acordo também pode especificar o processo de distribuição de quaisquer ativos ou passivos remanescentes da empresa em caso de rescisão mútua.

Portanto, cláusulas de rescisão claras e abrangentes em um acordo de acionistas ajudam a garantir que todas as partes entendam seus direitos e obrigações em caso de rescisão e podem evitar disputas ou mal-entendidos.

Disposições de Emenda

As cláusulas de alteração são essenciais para garantir que o acordo de acionistas permaneça relevante e atualizado. Essas disposições estabelecem o processo para fazer alterações no acordo, incluindo o número mínimo ou percentual de acionistas necessários para aprovar quaisquer alterações.

Por exemplo, a cláusula de alteração pode exigir que uma certa porcentagem de acionistas aprove quaisquer alterações no contrato, como dois terços ou três quartos de todos os acionistas. Ele garante que quaisquer alterações no contrato sejam feitas com o apoio de uma maioria significativa dos acionistas.

A disposição também especifica o processo para propor e votar alterações, como exigir que todos os acionistas recebam notificação por escrito sobre as alterações propostas e estabelecer um prazo para votação. Ele garante que todos os acionistas tenham uma oportunidade justa de revisar e considerar quaisquer alterações propostas antes da aprovação.

Além disso, a disposição exige que quaisquer alterações ao contrato sejam arquivadas com as autoridades reguladoras apropriadas. E que todos os acionistas devem ser notificados sobre quaisquer alterações no acordo em tempo hábil.

No geral, a cláusula de alteração é um componente vital do acordo de acionistas, pois garante que o acordo de acionistas permaneça relevante e reflita as atuais necessidades e objetivos dos acionistas.

Dicas e Sugestões SHA

Ao redigir um acordo de acionistas, é crucial buscar aconselhamento jurídico para garantir que o acordo seja executável e atenda aos requisitos legais.

Aqui estão algumas dicas e sugestões a serem consideradas ao criar o acordo de acionistas:

  1. Faça sua devida diligência. Pesquise e entenda os requisitos e regulamentos legais de sua jurisdição para criar um acordo de acionistas.
  2. Identifique as principais disposições que devem ser incluídas, como tomadas de decisão, transferência de ações, resolução de disputas e cláusulas de rescisão.
  3. Tenha em mente os objetivos da empresa e assegure-se de que o contrato reflita as metas, os objetivos e a visão da empresa para o futuro.
  4. Torne o acordo fácil de entender usando uma linguagem clara e direta.
  5. Inclua disposições para resolver disputas de acionistas, como cláusulas de mediação ou arbitragem.
  6. Proteger os direitos dos acionistas, incluindo direitos de voto, direito a dividendos e cláusulas de propriedade de ações.
  7. Aborde os acordos de confidencialidade e não concorrência para evitar que os acionistas divulguem informações confidenciais e concorram com a empresa.
  8. Inclua disposições que descrevam como a empresa possuirá e protegerá os direitos de propriedade intelectual.
  9. Especifique a lei aplicável usada para interpretar e fazer cumprir o contrato e para garantir que tudo esteja claro.
  10. Revise e atualize o contrato periodicamente para mantê-lo relevante e atualizado com quaisquer mudanças nos objetivos da empresa, acionistas ou requisitos legais.

Seguindo essas dicas e sugestões, você pode criar um acordo de acionistas bem elaborado que proteja os interesses de todos os acionistas e forneça um roteiro claro para o futuro da empresa.

Conclusão?

Um acordo de acionistas bem elaborado é fundamental para qualquer empresa com múltiplos acionistas. Ele serve como base para as operações da empresa e ajuda a proteger os direitos dos acionistas, evitar disputas e fornecer um caminho claro para o futuro. É essencial reservar um tempo para considerar e abordar todas as disposições necessárias do contrato e buscar aconselhamento jurídico para garantir sua aplicabilidade. As empresas podem estabelecer uma estrutura robusta para seu sucesso e crescimento criando um acordo de acionistas abrangente e executável.

Vá em frente, diga-nos o que você pensa!

Perdemos alguma coisa? Vamos! Diga-nos o que você pensa sobre nosso artigo sobre acordo de acionistas (SHA) na seção de comentários.